domingo, 23 de junho de 2013

CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS Perigo de desastre ferroviário


CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA A
SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS
Perigo de desastre ferroviário
        
Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:
       
 I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra-de-arte ou instalação;
         
II - colocando obstáculo na linha;

III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;

IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre:

        Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
        Desastre ferroviário
       
 § 1º - Se do fato resulta desastre:
        Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa.
       
 § 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
       
 § 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via de comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo.
        Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo
       
 Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea:
        Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
        Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo
       
 § 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a queda ou destruição de aeronave:
        Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
        Prática do crime com o fim de lucro
        
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito de obter vantagem econômica, para si ou para outrem.
        Modalidade culposa
      
  § 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Atentado contra a segurança de outro meio de transporte
        
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento:
        Pena - detenção, de um a dois anos.
       
 § 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos.
    
   § 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre:
        Pena - detenção, de três meses a um ano.
        Forma qualificada
       
 Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 a 262, no caso de desastre ou sinistro, resulta lesão corporal ou morte, aplica-se o disposto no art. 258.
        Arremesso de projétil
        
Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:
        Pena - detenção, de um a seis meses.
        Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.
        Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública
       
 Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública:
        Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
        Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços.     (Incluído pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967)
        Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública    (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012)    Vigência
         
Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento:
        Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

 § 1o  Incorre na mesma pena quem interrompe serviço telemático ou de informação de utilidade pública, ou impede ou dificulta-lhe o restabelecimento.      (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)     Vigência

§ 2o  Aplicam-se as penas em dobro se o crime é cometido por ocasião de calamidade pública.      (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)     Vigência